(MOTOR): Cuidado com a borra de óleo

Repostando, sobre as fotos que fiz quando fiz uma limpeza no carter da minha Volvo. Apesar de não ser MB, fica a dica e alerta para termos esse cuidado com as estrelas tambem

Gostaria de dividir com todos: fiz uma revisão completa na minha Volvo e pedi para tirar o carter e limpar, por causa da minha peocupação com borra de oleo, principalmente pelo carro ser turbo. Obviamente que esse problema afeta tambem nossas MB´s. O fato é que eu só abasteço em posto de confiança, sempre BR, faço as trocas de oleo com 5mil km´s rodados e oleo sintetico de primeira linha, sempre trocando tambem o filtro. Fiz essa limpeza há uns 3 anos atrás e resolvi fazer novamente, mas pedi para o mecanico tirar fotos para eu checar o estado que estava. Nem acreditava que pudesse estar como as fotos a seguir:

Visão geral


Fundo do carter, graxa


Outra foto do carter


Peneira


Bicos injetores


Fotos apos a limpeza




Depois disso resolvi usar apenas Podium (já fazia isso na 203) e farei essa checagem anualmente. Corri um serio de risco de perder esse motor. Farei a mesma limpeza na 203 e 124 em breve. Sugiro a todos fazerem no minimo a checagem do estado do carter e verificar a necessidade de uma limpeza como essa.

Espero ter ajudado.

Beto me desculpe o pitaço mas não podia deixar passar, tem algo errado acontecendo aí. Tenho carros antigos (não MB) que não recebem metade do tratamento da alemã (óleo mobil-1, trocas por tempo, etc...) e nunca aconteceu nada parecido.
Só para exemplificar um deles é uma Envemo camper com motor de opala 6cc onde coloco óleo comum, troco a cada dois anos mesmo fora da quilometragem, ela roda sempre fria, abasteço com qualquer combustível e faz uns três meses tirei o carter e tudo estava perfeito.
Sugiro que troque de posto de abastecimento.

Grato por compartilhar Beto.

Creio que vou fazer uma revisão destas em meu W203, mesmo trocando o óleo e filtro religiosamente a cada 5.000 Km.

Edu,pelo que entendi pelo mecanico, eh que realmente nossa gasolina faz isso acontecer. O posto de abastecimento eh de minha confiança, mas depois disso resolvi rodar só com Podium. Infelizmente é uma manutenção que tenho que me preocupar, ate porque o motor do carro eh turbo.

Bremen, devo fazer em breve o mesmo na minha 203, que tambem troca com 5mil km´s, mas acho que vale a pena evitar problemas maiores.

Não deixe de postar fotos do carter das MBs.
Recentemente tive de retirar a flauta, os bicos e o coletor de admissão da w124 (por causa de um vazamento de água em uma mangueira próxima ao suporte do filtro de óleo) e aproveitei para dar uma olhada por alto (onde a vista permitia) para checar a possibilidade de formação de borra. Não encontrei nada que indicasse a necessidade de limpeza.
Só por curiosidade, não seria essa formação causada (no seu caso) pela falta de uso contínuo do veículo ou pela perda da "validade" do óleo utilizado?

Edu, nao sei te dizer. O carro eh usado com frequencia e apesar de não rodar muito, troco sempre antes de um ano. Talvez o tipo de motor. Minha 124 tambem não tem sinais de borra, talvez nos motores de concepção mais antiga? Sinceramente não tenho essa resposta, talvez o Maluhy possa nos ajudar.

É um tema polemico, já li que borra pode ocorrer por vários motivos, desde a qualidade do óleo, a frequência da troca, a mistura de mineral com sintético, o uso em curtas distancias, etc. Alguns fabricantes de óleo inclusive incluem no rótulo a frase : "Não forma borra"

Lembro quando o Beto postou anteriormente sobre o tema, o que me levou a verificar no C 280 a ocorrência de borra, pois comprei o carro com mais de 60 mil km, mas o cabeçote estava limpo como novo, sem nenhum sinal ou resíduo, seguramente os proprietários anteriores não negligenciaram nas trocas de óleo.

Beto, com certeza não vai ter nada de borra na 124, pelo menos se teve o mesmo tratamento da Volvo. Outra concepção de motor.

Beto, uma pergunta, o uso de flush, nos intervalos das troca (uma vez usa flush e outra não), não teria evitado isto? Eu pergunto isto, porque aqui na CCS de Minas Gerais, toda revisão eles usam flush na troca de óleo e quando eu perguntei sobre isto, eles relatam que é indicação da fábrica....

GR: fui no Anderson que é mecânico aqui em BH (não vou mais no Carlinhos) para dar uns ajustes na minha C140 e também trocar o óleo (só coloco Pentosin). Ele disse que só devemos fazer o flush em carros que sempre fizeram desde 0km para não corrermos riscos de soltar resíduos. Eu queria fazer mas como sou o segundo dono e não sei se era feito pelo anterior, ele disse para não fazer.

AEP, neste caso é bom vc ir fazendo aos poucos.... Comece usando um óleo mais adstringente troque com intervalos pequenos e assim fará uma limpeza legal...

É fiz isso na primeira w 168 e agora comecei na segunda, trocarei daqui a 1.500km, depois com 2.000km e assim até chegar nos 5.000km, morro de medo de borra.

GR, pelo que eu entendi e ouvi, o flush não tem nenhuma contra indicação. O problema eh quando o carro tem borra e o mecanico passa apenas o flush antes de uma limpeza completa. Aí solta pedaço de borra e acaba entupindo peneira e etc, e pode ate fundir o motor. Agora acho (não tenho certeza) que se feito com frequencia, só ajuda. Só achei o intervalo mencionado pela CSS muito curto, mas tecnicamente não sei avaliar.

Na minha ML, no final do ano passado foi descoberto um vazamento pela tampa de válvula (a mesma estava frouxa) foi limpo o local, refeito o serviço no o´ring, trocado o óleo etc ..., nisso vimos se havia alguma borra no motor, estava tudo nos conformes.

Pois é Beto, eu tb achei demais, mas na CCS eles indicam assim e usam um flush que não é tão agressivo, portanto seria um flush suave e assim não iria dar borra e não seri agressivo a outras partes do motor. Existe um flush na Ipiranga que é comentado que é o melhor flush existente....

Na antiga 168 era feito o flush em todas as revisoes. Foram quase 200 mik km sem problemas. Mas acho que os motores sao mais simples e menos propensos a problemas. Mas ja serei bem mais cauteloso depois que comprei o carro atual.
E tambem nao da para confiar plenamente nos combustiveis.
E as gasolinas Podium? Tem chance de comprarmos adulteradas facilmente?

Fiz a troca de óleo/filtro na concessionária, e não me recomendaram fazer o flush. Quando saiu o óleo usado nao apareceram sujeira e nem alterações na cor.
Tem como ver se tem borra sem abrir o motor?

Beto, qual óleo sintético vc usa?

Assim, estou tentando descobrir o pq de a qualidade da gasolina influenciar na borra de óleo.

Com um conhecimento mínimo do funcionamento de um motor a combustão, sabemos que o óleo não se mistura com a gasolina em hipótese alguma. Apenas se houver desgaste dos anéis e cilindros. Algo que não está acontecendo com o seu.

Gasolina de má qualidade pode influenciar em queima incompleta com muito resíduo: carbono. E mal rendimento devido a perda de capacidade de combustão. Mas influenciar na borra do óleo? Será que vc não está usando aqueles sintéticos ipiranga ou br?? Nunca vi mobil 1 fazer isso. Ou o motor não está com funcionamento adequado.

Sugiro que os usuários mais técnicos opinem sobre isso. Na minha opinião, qualidade de combustível não tem relação com isso.

carbono + oxigênio = monóxido mais água (o que sai na surdina)

gasolina de má qualidade faz uma reação incompleta ou com pouco rendimento - sobra muito carbono. Isso faz com que fique aqueles carvões em cima do pistão. Agora isso influenciar no óleo???

lucasxavi2010 um combustível adulterado com a adição de "aditivos" suspeitos não possibilita uma queima homogênea na câmara de combustão. Há resíduos dessa queima que podem carbonizar excessivamente a câmara de combustão, acabando por provocar a passagem desses resíduos para o carter e também para o cabeçote.
O uso de combustível adulterado associado à troca de óleo com óleos fora da especificações e principalmente ao intervalo longo em quilometragem é o principal fator da criação de borra nos motores.

Fajardo de uma olhada nisso:

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Essa seria a ferramenta ideal para avalição da borra, mas é possível se ter um idéia apenas tirando a tampa de válvulas e observando o cabeçote.

Caraaaaamba! Endoscopia pra motor!! Essa eu nunca tinha visto. e pior que o equipamento é parecido com o que a gente usa na endoscopia digestiva alta... rsrsrs.

Tá loucoo! Isso é um reflexo de quanto o mercado de serviços automotivos é lucrativo hoje em dia!

Mas Epicco, o óleo vai para o cabeçote e tuchos... Porém, teoricamente, não há contato com o combustível. O combustível é fonte de carbono e hidrogênio, que misturado ao oxigênio sob pressão, há combustão. Se houver muitas misturas nesse composto de carbono, não teremos produto gás e água. E isso fica no cilindro, válvulas e pistão. Mas não no cabeçote ou cárter. Estou errado?

Podem ocorrer riscos nas paredes dos cilindros, pode ocorrer carbonização excessiva de válvulas que acabam, com o tempo, possibilitando esse contato entre o combustível e o óleo.

Entendo.. O bom seria verificar os retentores de válvulas do Volvo do nosso amigo então...

Lucas,

Vou discordar de sua afirmação
O combustível contamina o oleo do motor, alguns motores mais outros menos.

Então me explique o porquê com dados técnicos.