hidraque (Hidrake )

Bom dia Perillo,

   Tive ainda nos anos 70 um W111 220Sb com esse sistema de embreagem. Diziam na época que havia sido criado para mutilados de guerra. A embreagem era acionada pelo vácuo criado numa cuíca ao lado do bloco do motor e que era parecida com a cuíca do freio. Quando acionada, havia uma haste que ao ser puxada pelo vácuo, debreava e permitia a passagem das marchas. Na haste do volante havia um pequeno contato elétrico que liberava o vácuo na cuíca, atuando assim como embreagem, tornando a haste um pouco flexível. Na caixa seca, o disco de embreagem era acoplado a um conversor de velocidades, muito parecido com os existentes nas caixas hidramáticas e que suavizava a passagem das marchas, evitando assim trancos. Acredito que se der problemas nesse sistema, principalmente no conversor de velocidades, seja caso perdido. Aconteceu comigo, tive que converter todo o sistema para manual já que na época não havia mais peças de substituição. O conserto foi caríssimo.

   Existia ainda um reservatório de vácuo no vão do para-lama dianteiro esquerdo. 

   Como o carro do seu amigo é de 1958, deve ser um Ponton com um sistema de freios mais antigo que os "rabo de peixe". O sistema de vácuo deve ser comum aos freios e ao sistema de embreagem, por isso seria bom verificar se há fuga de vácuo que possa afetar os freios. Tive esse problema no meu 220Sb, até passava as marchas, mas o pedal de freio ficou duro e não freava. É comum em carros antigos, que as tubulações de borracha do sistema de vácuo fiquem trincadas.

   Rui Gabriel

   Bom dia Perillo,

Acredito que nos dias de hoje seja difícil encontrar um mecânico especializado nesses sistemas de embreagem e freios. Só mesmo um mecânico das antigas.

Tem neste Fórum, em "Peças e Serviços", indicações de oficinas e técnicos. Existem lá inúmeros contatos de oficinas relacionados por estados da federação. Dependendo do estado onde se encontra o carro, seu amigo tem a sorte de encontrar quem entenda do assunto.

   Rui Gabriel