(C117): Mercedes-Benz importa a CLA 180 2018 por R$137.900,00

Conquistar jovens,  acho que não combina muito com motor de 122 HP,  mesma potencia de um Gol 1.6

A potência é de 156cv. A revista errou.

Parece que além do motor com menor potência e torque que a CLA 200, também não tem xenon, retrovisor eletrocrômico entre outros. Tem menos potência que um HB20 1.6. Eu adoro a CLA, e quando vi a notícia, me empolguei, mas ao ler por completo, desanimei. Sem falar que será descontinuado em breve pois chegará uma versão sedan do A. Também não entendi o porque de fazer um motor menor já que o existente é bem dimensionado (1.6, 156cv e 25Kgf de torque). Eles reprogramaram a central para limitar? Ou seria um novo motor só para este modelo?

A potência de 122cv é relativamente baixa mas o torque é bom. Estamos falando de um carro que vai de 0-100 em menos de 9s. Acho que atende para muita gente.

Para uso geral 122cv , dá conta do recado . Até pelo que já foi dito o torque é bom.

Confrade C-220:

A revista não errou. São 122 CV. Acho que até sobra potência dependendo do uso.

https://www.noticiasautomotivas.com.br/mercedes-benz-cla-180-chega-com-motor-1-6-de-122-cv-a-partir-de-r-137-900/

https://www.mercedes-benz.com.br/institucional/imprensa/releases/automoveis/2018/1/20280-mercedes-benz-lanca-cla-180-no-brasil

122 cv?
Sinto cheiro de "mico" no ar.

Lembremo-nos da potência dos B170/180 (T245) com 116 CV e A160/190 (W168) com 102/125 CV.

Esses 122 CV de hoje estão em um carro com muito mais tecnologia, câmbio em outro nível e materiais com menor peso.

Não acho, definitivamente, “pouca” potência.

Já tive MB V8 com mais de 300 CV e tenho V6 com 231 CV. No dia-a-dia só trás prejuízo ao abastecer. Os carros sobram e raramente precisei usar a cavalaria. É o preço do prazer. Acho o meu B200 (T245) com 136 CV um espetáculo. 

Pela utilidade e racionalidade, 122 CV é excelente ainda mais no câmbio que vem. Por isso existem motores Mercedes-Benz até menos potentes, como já foi com o T245 B150 (95 CV) e W168 A140 (82 CV). Ou mesmo a W205 C160 com 130 CV e câmbio manual.

Sem falar que é a mesma potência do Audi A3 Sedan quando foi lançado no Brasil, ainda importado da Hungria. Vendeu igual água, tanto que foi nacionalizado (ainda que com 150 CV).

Desculpe, Anderson, mas discordo.

Um dos quesitos a avaliar num carro novo é a expectativa. O que você espera do carro que você vai comprar?
Expectativas diferentes, modelos diferentes, custos inerentes.
Eficiência é o mantra atual, mesmo assim não se espera muita economia de um SUV. Da mesma forma, não se espera muita estabilidade numa picape. Também não se espera muita potência em um monovolume.

Mas, o que se espera de um sedã Mercedes? A pergunta é retórica.

Deixa eu ilustrar minha maneira de pensar. Recentemente precisei me desfazer de um Golf Highline que usava diariamente. Era um carro comum, stealth, mas com bons 140cv e 25kgf.m de torque. Na cidade ele era o que se espera de um Golf, mas na rodovia era decepcionante, pois todo o impulso dado pela turbina acabava nas 4000 rpm e o rendimento caia drasticamente. Minha expectativa com o carro foi frustrada, esperava mais dele. Mesmo a economia e "eficiência" não me faziam sentir recompensado. Pensei logo na primeira semana... "por quê não comprei um GTI (apesar do seguro bem mais caro)".

Pode parecer o contrário, mas não sou nada exigente, afinal, tenho uma 280C manca e atualmente ando por aí com uma prosaica Livina sem frustrações, pois minha expectativa era tão baixa com os carros que até fiquei surpreso com a experiência de dirigir um Mercedes antigo e com a praticidade e resistência da Nissan. Mas de um Mercedes novo, o quê o comprador espera?

Eu duvido que esses 122 cv deem conta sem decepcionar, mesmo com a melhor transmissão disponível. É um sedã Mercedes, tem que arrancar sorrisos.

Não sei como é um CLA "padrão", mas antes de decidir comprar a 280C tive a oportunidade de passar uma tarde ao volante de uma c180 cupê 2012 (CGI) e não fiquei empolgado, pois ela não andava muito mais que o Golf, e custava o dobro.

Por fim, até pode ser que essa CLA venda, afinal até o Golf MSI vendeu. 

Mas na hora da re-venda...

Abraços

Claro e com certeza Carlos!

Somos entusiastas. Mas não somos a maioria. Eu acho...

As montadoras também sabem que há um grande mercado de imagem. O carro é Mercedes-Benz (para muita gente isso basta - e na minha opinião, já não é mais assim), tem “status”, cara de esportivo (o que vai ter de jovem trocando o lettering por CLA 200/250 ou colando uma placa AMG...), acabamento diferenciado e motor que faz dele um transporte, apenas. Mas é isso que a maioria busca ou se dá por satisfeita. O famoso “é o melhor que posso comprar de uma marca premium, zero, nesse momento”.

Você tocou no ponto que mais se destaca para mim. O uso (salvo engano, sua decepção veio do uso na rodovia, onde eu quase não vou e temos um limite de 110 Km/h). Na quase totalidade do tempo usamos na cidade (na minha, quase toda limitada em 60 Km/h). Na estrada, o mínimo de uso. Portanto, nesse trânsito lento, cheio de limites (velocidade, qualidade do asfalto e preço do combustível de alta octanagem), o carro não tem quase que nenhuma diferença para uma AMG no ir e vir. Salvo, é claro, como eu disse, no simples e mundano prazer de saber que temos à disposição uma cavalaria para deslocar em fração de segundos até um cetáceo. Mas essa cavalaria é quase intocada no ir e vir ao trabalho, mercado, escola da meninada e casa da sogra (nessa ultima localidade, poderia ter um motor carburado de Gurgel BR800).

As montadoras sabem que brasileiro gosta de carro bacana por fora. Se tiver rodão (pintadas de preto ou cinza escuro então...), som bacana com caixas decaaxiais e telão de multimídia (sensíveis a tudo, do choro que elas devem ter ao tocar funk ou melancolia beirando a sapiência de Anitta), filme nos vidros mais escuro que o “lado negro da força”, DRL e xênon, imitação de saídas duplas de escapamento com ponteiras cromadas e engate traseiro de bola que arrebenta nossos joelhos ao passarmos entre carros, tá legal. 

Airbags aos montes, materiais com altos índices de deformação, sopa de letrinhas, motor 3 cilindros turbo max power nitro jet collection edition master of universe, “está de boa”, mas não importa muito. Não verdade, não importa nada.

As marcas querem vender, e vendem muito mais imagem. Fico imaginando se fosse um avião... seria sim, o mesmo que vender um Boeing 787 com motores a hélice com pistões. Leva você da mesma forma ao destino na ponte aérea Rio/SP. Não adiantaria ser um Concorde. Chegariam juntos.