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(W194): Mercedes-Benz 300SL

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Mensagem por AEP Qua 10 maio 2017, 14:55

A Mercedes-Benz W194 foi apresentada em 1952 sob o nome de Mercedes 300SL, como o carro de corrida da Mercedes-Benz.

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A partir de 1954, os carros para venda particular e uso em estradas foram vendidos com o mesmo nome (mas com a designação interna da Mercedes-Benz W198), estavam disponíveis na versão coupé com as famosas asas de gaivota e na versão roadster.

A Mercedes-Benz 300SL de 1952 versão "Carrera Panamericana" está exposta no Museu Mercedes-Benz.

Em 1951, o CEO da Daimler-Benz, Wilhelm Haspel, estava muito com as competições automobilísticas. Assim, a base para o modelo foi o 300 sedan (W186).

Adotou como base, o motor M194 de 3 litros de 6 cilindros em linha, que atingia entre 115 e 170 CV com um ângulo de inclinação de 50° para a esquerda (meio deitado). A transmissão de 4 velocidades conectado a ele, veio do 300 sedan por ser robusta. Rudolf Uhlenhaut, chefe do teste de automóveis de passageiros na Daimler-Benz, levou sua ideia de uma estrutura tubular leve. Esta ideia foi desenvolvida, adotando tubos muito finos em compósito triangular, estrutura tubular extremamente resistente à torção em treliça. O chassi pesava apenas 50 kg e se tornou a marca não só a versão adotada na W194 de série apresentada em 1954, mas também nos bem-sucedidos carros de corrida dos anos 1954/1955. A 300SL pesava apenas 1.100 kg em vez de 1.780 kg da 300S.

O chassi era muito baixo em função do motor montado obliquamente, frente achatada, curvas aerodinâmicas, faróis retraídos e completamente cobertos. O clássico radiador Mercedes-Benz com a estrela como um ornamento foi retirado como antes da guerra em prol de uma frente plana. O para-brisa foi inclinado e arredondado para fora do pilar, alongado a grande janela traseira e com uma traseira arredondada simplificada. O resultado foi um área frontal de 1,8 m² relativamente pequena e o coeficiente de aerodinâmico de 0,25.

A abertura da porta nos primeiros veículos era acima da linha de cintura e era tão pequena que foi estendida para o teto, com portas abrindo. As famosas asas de gaivota foram nomeadas pelos americanos como "Gull Wings" (gullwing) e pelos franceses de "Papillon" (borboleta).

Velocímetro e conta-giros estavam sob uma capa comum, incluindo instrumentos ligeiramente menores para a temperatura da água, pressão de combustível, temperatura do óleo e de pressão de óleo. Um cronômetro foi instalado. Os assentos elevados em formato de concha usavam um estofamento fino, mas confortável em tecido de lã quadriculada. O volante de 4 raios era removível para facilitar a entrada/saída. A alavanca do câmbio angular/saliente sob o painel de instrumentos, foi colocada sobre a parede lateral esquerda. Encostos de cabeça ou cintos de segurança não existiam naquela época.

A SL300 original de número 4 e a W194 (010 00001/52), completou os primeiros testes em novembro de 1951 em Nurburgring e Hockenheimring. O carro tinha pneus estreitos como padrão em rodas de aço com calotas. Não tinha painel de instrumentos, o assoalho não tinha forro de veludo e na tampa da mala o lettering 300SL ainda não estava no local definitivo.

Em 12/03/1952, foi apresentada imprensa a coupé de corrida 300SL com apenas 1.225 milímetros de altura, em exibição na auto-estrada A81 entre Stuttgart e Heilbronn.

Durante a corrida Carrera Panamericana do México em 1952, o carro conduzido pelos pilotos Karl Kling e Hans Klenk sofreram um acidente ao se chocarem com um abutre.

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Em 1952, o veículo participou das mais importantes corrida do ano.

Pela primeira vez, a nova SL mostrou velocidade e confiabilidade na Mille Miglia no início de maio e alcançou um segundo e quarto lugar nesta corrida de longa distância.

Na corrida de Berna/Suíça, alcançou-se vitória tripla. A corrida de 24 horas de Le Mans terminou com dupla vitória. Os vencedores foram os pilotos Hermann Lang e Fritz Rieß com uma média geral de 155,575 Km/h, um novo recorde na história Le Mans. Em segundo lugar foram os pilotos Theo Helfrich e Helmut Niedermayr. Uma corrida em Nürburgring também terminou com uma vitória tripla. No final do ano, na Carrera Panamericana no México, a 300SL ganhou novamente. A Mercedes-Benz continuou, assim, os grandes sucessos em corridas que já tinha desde antes da Segunda Guerra Mundial.

Em 1953, outras melhorias foram testadas em protótipos. Partes da estrutura adotaram folha de magnésio, que é mais leve do que o alumínio. Melhorou-se a aerodinâmica, conferindo um novo visual e melhorando o fluxo de ar melhor através do compartimento do motor. O calor residual do motor não era mais passada através do túnel da transmissão para a parte traseira, simplificou o caminho mais curto através de "guelras" ao lado dos para-choques para o exterior. A potência do motor aumentou. Com a nova corrente e dupla carburação Weber, nova cabeça de cilindro com canais maiores e válvulas mais alargada, o motor de 6 cilindros atingiu 201 CV. A configuração (sincronização) dos 3 carburadores era complexa, de modo que os engenheiros não se deram por satisfeitos. Eles queriam mais confiabilidade.

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A solução do problema foi a injeção direta de gasolina. A aplicação desta tecnologia remonta projetos da Daimler-Benz em 1934 a partir da experiência adquirida no desenvolvimento de motores de aeronaves (Daimler-Benz DB 601), que mostrou-se muito difícil. Os primeiros carros com gasolina de injeção direta projetados em 1953, atingiram 215 CV e foi nomeado internamente como M198. Para termos uma noção do avanço tecnológico adquirido aqui, somente em 1997 que a tecnologia foi adotada para automóveis de passageiros com motores a gasolina.

O bloco do M198 é feito de uma liga de alumínio. Caixa de velocidades e tanque de combustível também foram feitos de metal leve. Para mais peso poder chegar ao eixo traseiro, a distância entre-eixos foi encurtada juntamente com a transmissão. O reservatório de óleo e a bateria foram posicionados na traseira. A suspensão para o eixo traseiro era mais baixa. Os braços oscilantes eram ligados diretamente no cubo da roda.

Desde 1954, a 300SL (W198) foi vendida pela primeira vez como um coupé com asa de gaivota e, em seguida, veio a versão roadster.

O sucessor da W194 como carro de corrida, foi o Fórmula 1 Mercedes-Benz W196 com um motor 8 cilindros, usada apenas em 1955 sob o nome de Mercedes-Benz 300SLR.

Fonte:

https://de.m.wikipedia.org/wiki/Mercedes-Benz_W_194
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